A Justiça de São Paulo suspendeu temporariamente o pagamento da fiança de R$ 1 milhão imposta ao funkeiro MC Ryan SP, preso após realizar manobras perigosas com um carro de luxo no gramado do Estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba.
O artista havia se apresentado em um festival de música na sexta-feira (9) e deu “cavalos de pau” no campo, causando danos ao local. A empresa organizadora do evento denunciou o caso e informou que o cantor não possui habilitação para dirigir.
MC Ryan ficou detido por mais de dez horas e deixou a delegacia na tarde de sábado, após audiência de custódia. O advogado do MC, Matheus Bottene Pacífico, fez o pedido liminar de habeas corpus. De acordo com a defesa, o valor estabelecido pela fiança foi “desproporcional” e pediu para que ele seja reduzido.
Neste domingo (11), o juiz Flavio Fenoglio, do plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), deferiu parcialmente o pedido e determinou a suspensão do pagamento da fiança até que todo o habeas corpus seja analisado pelo desembargador relator de uma das varas criminais do TJ-SP.
Durante audiência de custódia, a Justiça determinou o pagamento da fiança em R$ 1 milhão, além da apreensão da Lamborghini, avaliada em R$ 3 milhões. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), o MC teria 48 horas úteis para efetuar o pagamento. Caso contrário, ele teria um mandado de prisão expedido.
Com a decisão de domingo, a medida foi suspensa e Ryan não terá que pagar a fiança, até que haja uma nova decisão judicial, após análise do habeas corpus. O advogado do cantor informou ao g1 que o carro foi entregue à Justiça.
A prefeitura de Piracicaba informou que vai notificar o XV de Piracicaba para que o conserto dos danos no gramado seja feito.
A advogada da empresa que organizou o evento, Mayra Esteves de Moura, disse ao g1 que o MC não respeitou o local permitido para acesso de veículos e está em tratativas para que os danos causados no estádio sejam pagos pelo cantor.
“O combinado com todos os outros produtores, inclusive com o produtor do Ryan e o artista, seria fazer a entrada por aquela entrada ali, que estava liberada para todos os artistas e produtores. E no momento que ele entrasse, ele estacionaria o carro ali na área de atletismo, que era a área indicada, inclusive pelo XV, para que a gente pudesse utilizar como forma de estacionamento dos veículos. E aí no momento que ele entrou, ele passou por todos devagar, mas no momento que ele chegou aonde ele deveria parar, ele acelerou e entrou no campo. Não era permitido e todos tinham ciência disso. Daí nós solicitamos que ele parasse, que ele cessasse as manobras que ele estava fazendo, mas ele não parou. Aí ele parou no momento que ele entendeu que seria necessário parar, mas em um momento algum foi autorizado isso. Agora nós solicitamos ressarcimento do dano e solicitaremos certamente o ressarcimento pelo dano moral causado, porque abalou não apenas a empresa, mas também todo o cidadão de Piracicaba. O XV de Piracicaba é um patrimônio histórico nosso, deve ser respeitado. Nós estamos aguardando, inclusive a perícia para a gente avaliar corretamente esse valor.” afirmou Mayra em entrevista ao g1.
Com informações do g1 Piracicaba*