A causa da morte de pelo menos nove cavalos e da intoxicação de outros 120, em um intervalo de um mês, em um haras de Indaiatuba, ainda não foi divulgada. No entanto, um laudo preliminar elaborado por um veterinário contratado pelos donos de uma égua sugere que o animal sofreu uma infecção causada por uma bactéria.
A empresária Adriana Máximo, dona da égua da raça Mangalarga Marchador de 4 anos, relatou que o animal começou a apresentar sintomas em abril e morreu no dia seguinte. A família da empresária pagou pelos exames, e o resultado ficou pronto no início de maio.
O médico veterinário responsável pelos exames clínicos constatou que a égua apresentava apatia, prostração e alterações na postura, locomoção e comportamento. O quadro evoluiu progressivamente, levando à decisão pela eutanásia.
O laudo apontou comprometimento severo dos rins e do fígado. Os exames laboratoriais identificaram a presença de bactérias no organismo da égua, com lesões intestinais compatíveis com infecção pela bactéria Clostridium perfringens, que pode causar doenças graves em equinos.
Também foram encontradas bactérias nos pulmões, indicando possível pneumonia ou outras complicações respiratórias.
Proprietários de outros ranchos e cavalos informaram à produção da EPTV que os animais mortos consumiam ração da mesma fabricante, a Nutratta Nutrição Animal. O advogado da empresa, Diêgo Vilela, afirmou que os lotes da ração passam por análises de controle de qualidade.
O médico veterinário Thyago Dercoli afirmou que, até o momento, os exames realizados nos animais mortos não identificaram a presença de doenças contagiosas.
Com informações da EPTV Campinas*