MP apura vazamento de corante que atingiu parque em Jundiaí e afeta captação de água em Indaiatuba

foto: arquivo pessoal

O Ministério Público de São Paulo instaurou, nesta quarta-feira (14), um inquérito civil para investigar o vazamento de cerca de dois mil litros de corante no Córrego das Tulipas, em Jundiaí (SP), que chegou ao lago do Parque Botânico Tulipas Professor Aziz Ab’Saber e tem causado prejuízos aos recursos hídricos e à fauna local.

A 9ª Promotoria de Justiça Cível de Jundiaí, responsável pela apuração, solicitou informações à Polícia Militar sobre o boletim de ocorrência do acidente com a carreta que transportava o produto químico. Também foram requisitados à Prefeitura de Jundiaí e à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) relatórios de vistoria, dados sobre a vulnerabilidade do córrego — já afetado anteriormente — e detalhes sobre os responsáveis pelo dano e a composição química do corante. O prazo para resposta é de cinco dias.

O produto, usado na coloração de embalagens como caixas de ovos, deixou a água azul e tingiu peixes e aves. A Cetesb informou que a substância possui baixa toxicidade e foi diluída ao entrar em contato com a água, sem causar contaminação, embora mais de 100 peixes tenham sido encontrados mortos no córrego.

A situação levou a Prefeitura de Indaiatuba a interromper, preventivamente, a captação de água do Rio Jundiaí — ainda que o corante não tenha chegado à região. O manancial é utilizado de forma complementar no abastecimento da cidade, que é atendida principalmente por outros seis corpos hídricos, como o Ribeirão Piraí. Segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae), a paralisação não comprometeu o fornecimento à população.

A retomada da captação dependerá da dissipação do corante e de nova autorização da Cetesb. Enquanto isso, o Saae segue monitorando a qualidade da água no trecho do rio que passa pela cidade.

A Associação Mata Ciliar resgatou três gansos e um pato que apresentaram coloração azul, mas, segundo a Cetesb, os animais não mostraram sinais de intoxicação. A entidade também realiza buscas por capivaras que frequentam o local e que podem ter sido atingidas.

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