Mais que dobrou o número de reclamações abertas nos Procons (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) do Estado de São Paulo contra instituições financeiras que descontam do benefício pago pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). De janeiro a abril deste ano, foram 9.496 registros. No ano passado, foram 4.169. Um aumento de 127%.
Entre as principais reclamações, que foram registradas contra bancos, entidades ou associações, que usam os pagamentos feitos pelo INSS estão:
Cobrança por serviço, produto não contratado, não reconhecido ou não solicitado.
Em 2024 foram 1.347 registros. Este ano: 4.263. Um aumento de 216%.
Em seguida, cobrança indevida, que no ano passado foram 886 reclamações, este ano, foram 2.633. Crescimento de 197%.
Depois, não entrega do contrato ou documentação relacionada ao serviço com 264 reclamações no ano passado. Este ano já são 519, aumento de 96%.
O aposentado Ralf Barreto Franco sabe muito bem sobre ter essa dor de cabeça. Foram dois empréstimos consignados que ele nunca fez, de R$19 mil e R$5 mil, além de descontos de uma associação da qual nunca fez parte.
A pessoa que teve algum desconto ou crédito que não reconhece, feito pela instituição financeira na conta que recebe o benefício precisa, primeiro, procurar o INSS pra tentar descobrir o que aconteceu. Depois, tentar negociar com a instituição e, por fim, procurar o Procon, que tem autonomia para negociar uma solução amigável entre a pessoa e o banco que fez o crédito ou o desconto.
O INSS informou que as reclamações relativas a desconto indevido de empréstimo consignado devem ser registradas pelo cidadão no portal do consumidor em “gov.br / consumidor”. Isso porque trata-se de uma relação comercial privada envolvendo o cidadão e a instituição financeira. O instituto comentou também que passou a valer o desbloqueio do benefício por biometria para crédito consignado no aplicativo “meu inss”. Sobre o caso específico do seo Ralf, o INSS informou que vai verificar.
- com informações da EPTV/Campinas