Campinas, 10 de maio de 2019. Thaís Fernanda Ribeiro, de 21 anos, era morta a tiros pelo ex-namorado, na região do Jardim São Marcos. Foram 11 disparos contra a jovem. O ex-companheiro não aceitava o fim do relacionamento.
Seis anos depois, Delfino José Ribeiro, pai de Thaís Fernanda, enfrenta uma luta contra o feminicídio. Emocionado, ele diz que é preciso debater sobre o assunto.
Em Campinas, a segunda semana do mês de maio é marcada por uma campanha municipal de combate a este crime contra a mulher. A memória de Thaís integra a mobilização, que foi sancionada também em 2019.
A cidade contabiliza neste ano 2 casos de feminicídio, assim como Mogi Guaçu. Hortolândia, Itapira, Limeira, Paulínia, Monte Mor e Piracicaba com 1 caso cada. No ano passado, Campinas registrou 8 casos.
Em março de 2023, Lucas Henrique Siqueira Santana foi condenado a 21 anos de prisão por ter matado a ex-namorada Thaís. Ele foi submetido a um novo júri popular e desta vez, ao contrário da decisão definida em 2021 e depois anulada, os jurados consideraram que houve a qualificadora do feminicídio, ou seja, que a vítima foi assassinada por razões do sexo feminino. Antes da sentença ser anulada, o réu já cumpria prisão preventiva e cumpre a pena inicialmente em regime fechado.