Alimentos mais resistentes, com menos produtos químicos e com os mesmos sabores já consolidados nas feiras e nos supermercados.
Estas são algumas das novidades trazidas por uma exposição agrícola realizada nesta semana, em Holambra.
A 30ª edição da Hortitec apresenta as principais inovações em áreas como sementes e mudas, agricultura digital, cultivo protegido, defensivos e nutrição e maquinário.
Um deles é o Instituto Agrônomico de Campinas, que traz uma nova espécie geneticamente modificada da batata doce.
A cor alaranjada chama a atenção, e tem explicação: a modificação para uma alta presença de betacaroteno.
O pesquisador Valdemir Peressin (foto) explica que a variante pode ajudar a combater a chamada “fome oculta”, ou seja, a carência por um determinado nutriente, que atinge cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo.
No estande da Embrapa, dois produtos se destacam. Um deles é uma nova espécie de morango, adaptada às características do clima do Brasil, e pronta para ter uma validade prolongada. O pesquisador Sandro Bonow garante que o produto mantém o mesmo sabor dos morangos tradicionais.
Do outro lado do estande, uma cebola geneticamente modificada, e que promete um prazo de validade prolongado.
O pesquisador Ítalo Ludiq aposta que a nova cultivar pode ajudar no combate ao desperdício de alimentos.
Para o coordenador geral da Hortitec 2025, Renato Opitz, a feira mostra que o emprego da tecnologia na agricultura pode ser um forte aliado no combate a um dos principais problemas mundiais: o desperdício de alimentos.
Segundo a organização da Hortitec, mais de 400 empresas participam da edição 2025, com público estimado em 30 mil pessoas.