Cândido Ferreira alerta para risco de colapso financeiro em meio a impasse com a Prefeitura de Campinas

Lucas Neri/CBN Campinas

O Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, responsável por gerenciar Centros de Atenção Psicossocial e outros serviços de saúde mental em Campinas, afirmou nesta quarta-feira (3) que pode quebrar financeiramente em até um mês, caso não haja revisão nos valores repassados pela Prefeitura. O alerta foi feito durante uma coletiva de imprensa realizada na sede da instituição, em meio à polêmica que envolve o fim do convênio assistencial.

Atualmente, o Cândido Ferreira atende cerca de 5.500 pacientes em 40 pontos distribuídos pela cidade, incluindo unidades de CAPS e serviços residenciais terapêuticos.

O vínculo com o município estava previsto para ser encerrado no dia 30 de maio por não haver um acordo entre as partes. No entanto, a Prefeitura obteve uma liminar na Justiça que garante a continuidade dos atendimentos por mais 180 dias, até que as negociações entre as partes sejam concluídas.

Durante esse período, a administração municipal deve repassar mensalmente R$ 6.259.584,39 — valor com reajuste proporcional ao aplicado a outras entidades conveniadas. A cifra, no entanto, está abaixo do que a instituição considera necessário. O Cândido Ferreira reivindica um valor mensal de R$ 7.418.987,77 para manter os atendimentos de forma adequada.

O superintendente financeiro da entidade, Sander Albuquerque, afirmou que a não renovação do contrato com os valores solicitados pode levar ao colapso dos serviços em pouco tempo.

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A Procuradoria-Geral do Município ingressou com uma ação civil pública com pedido de tutela de urgência, alegando que a interrupção dos serviços colocaria em risco a vida dos pacientes em tratamento contínuo, e que a manutenção do serviço de saúde é um direito fundamental previsto na Constituição. A Justiça acatou o pedido e determinou a continuidade do convênio.

Segundo a Prefeitura, o plano de trabalho apresentado pelo Cândido Ferreira apresenta inconsistências que precisam ser corrigidas antes de qualquer reajuste maior no repasse.

Uma nova reunião entre a instituição e o Executivo está marcada para a próxima quinta-feira (5), quando as negociações devem avançar.

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