Quase um ano depois do início do projeto, a prefeitura de Campinas iniciou uma nova etapa no combate à febre maculosa com o controle reprodutivo das capivaras que ficam no Lago do Café.
Na noite desta terça-feira, 14 animais passaram por cirurgia como parte do manejo que busca reduzir a população do grupo — estimado em cerca de 45 capivaras — e, assim, diminuir o risco de transmissão da doença.
A ação começou no dia 2 de junho, com alimentação controlada para facilitar a captura dos animais. Após a cirurgia, os bichos são soltos novamente no lago.
O trabalho segue em andamento e a previsão de término depende de fatores como o clima e a presença de pessoas no local.
A febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato-estrela contaminado por uma bactéria, e as capivaras são um dos hospedeiros do parasita. Este ano duas mortes foram confirmadas em Campinas pela doença.
Por isso, o controle da população desses animais é uma das estratégias adotadas pela cidade.
Esse mesmo tipo de manejo foi feito na Lagoa do Taquaral no segundo semestre de 2024, onde quase 200 capivaras foram esterilizadas.
Depois do Lago do Café, a prefeitura pretende expandir o programa para outros parques da cidade, como o Parque das Águas, Parque Ecológico, Hermógenes de Freitas Leitão, Linear Capivari e Ribeirão das Pedras.
A ação é coordenada pela Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
Além do manejo, a cidade realiza ações educativas, capacitações para profissionais da saúde e segurança do trabalho, e mantém canais oficiais com informações e alertas sobre a doença.
Campinas também tem uma lei municipal que obriga a divulgação do risco da febre maculosa em eventos realizados em áreas com presença de carrapatos.