Uma aluna de 6 anos que usa cadeira de rodas está sem acesso à sala de aula desde março, por causa elevador quebrado na Escola Estadual Professor Élcio Antônio Selmi, no Residencial Cosmos, em Campinas. O equipamento não funciona desde janeiro.
Ana Beatriz Amaral, mãe da aluna, relata que transferiu a filha para uma escola mais próxima de casa. No momento da matrícula, foi informada pela direção de que o elevador da unidade estava quebrado desde janeiro, embora o conserto já tivesse sido solicitado.
A equipe de produção da EPTV acompanhou a situação na escola na terça-feira (10), e, pela primeira vez, a mãe conseguiu conversar diretamente com um representante da direção da unidade. A diretoria da escola disse que a empresa responsável pela manutenção foi chamada em janeiro, identificou o que estaria causando o problema, mas não conseguiu arrumar.
A gerência também disse que uma outra aluna também está sem aula desde janeiro, por causa do elevador quebrado. Uma das justificativas da escola é que não há sala de aulas no térreo, os espaços são reduzidos e não cabem todos os alunos
A solução encontrada, que a mãe aceitou por desespero foi a própria mãe carregar a menina todos os dias na entrada e na saída da aula.
Em Campinas, outros casos marcam a falta de acessibilidade nas escolas, como é o caso do Luiz Miguel, de nove anos. Em 2022, ele enfrentou uma infecção generalizada que resultou na amputação dos dois pés, de partes da mão direita e da orelha. Atualmente, Luiz Miguel se locomove com o auxílio de uma cadeira de rodas ou de próteses.
Ele estuda na Escola Estadual Professor Fábio de Syllos, localizada no Jardim Aurélia. Embora sua sala de aula esteja no térreo, a estrutura da escola apresenta barreiras quando ele precisa acessar outros espaços da unidade, devido à ausência de recursos adequados de acessibilidade.
A mãe do estudante, Maria Adenir Pereira, relata que aguarda, desde fevereiro, a disponibilização de um transporte escolar adaptado para garantir que o filho possa frequentar as aulas com segurança e dignidade.
O que diz a Secretaria de Educação?
A Diretoria de Ensino de Campinas Oeste informou que abriu investigação interna para averiguar a conduta da gestão da unidade em relação ao caso do elevador quebrado.
Segundo a pasta, as alunas afetadas pela falta de elevador, serão transferidas para uma escola com acessibilidade, apoio profissional e, se necessário, transporte escolar. Sobre o conteúdo perdido, disse que será reposto, seguindo acordo com as responsáveis pelas alunas.
Com informações da EPTV Campinas*