A Polícia Civil investiga o desaparecimento do corpo de um homem que morreu de Covid-19 e foi sepultado em um jazigo temporário no Cemitério da Saudade, em 2022. José Ismael foi enterrado na quadra 53, em um terreno da Prefeitura.
Um ano e meio depois, a família adquiriu um terreno e construiu um túmulo, mas o corpo não pôde ser transferido antes do prazo legal.
Após três anos, a família procurou a administração do cemitério para realizar a transferência dos restos mortais para o túmulo construído. Desde então, receberam a notícia de que o paradeiro de José Ismael era desconhecido. No local onde ele foi enterrado provisoriamente há o corpo de outra pessoa, que a família não reconhece.
Maria Margareth Carias, viúva de José, relata que a família cuidava do novo túmulo à espera dos restos mortais e, agora, aguarda respostas do cemitério.
O advogado Paulo Braga afirma que o cemitério é o responsável pela situação.
Procurada, a Prefeitura de Sumaré alegou que os fatos aconteceram na administração anterior e que não consta, até o momento, qualquer trâmite relacionado ao procedimento de remoção ou transferência dos restos mortais.
Segundo a administração, uma sindicância será instaurada “para esclarecer responsabilidades e eventuais falhas ocorridas na condução do processo à época, especialmente quanto aos procedimentos adotados durante o período da pandemia de Covid-19”.
“Reforçamos que, tão logo tomamos conhecimento da situação, as equipes da Administração Municipal, por meio da Secretaria de Serviços Públicos, estão empenhadas em prestar total apoio à família, além de buscar respostas claras e soluções adequadas para o caso”, completa a nota.
Com informações da EPTV Campinas*