O Ministério da Agricultura e Pecuária determinou, de forma cautelar, a proibição da comercialização e do consumo de uma ração da empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda., especificamente do lote produzido a partir de 8 de março de 2025. O documento solicita a apreensão do produto em caso de fiscalizações.
De acordo com o ofício, há indícios de que o produto pode conter substâncias contaminantes prejudiciais à saúde dos animais. A decisão foi motivada após a morte de nove cavalos em um haras de Indaiatuba.
As mortes aconteceram entre o dia 23 e o final de maio, totalizando nove animais. Na ocasião, os responsáveis pelos cavalos informaram que eles apresentaram desânimo e, posteriormente, sintomas de um quadro hepático. Todos os animais tinham acesso à mesma ração, o que levantou a suspeita de intoxicação alimentar.
Uma das mortes foi a de uma égua da raça Mangalarga Marchador, de 4 anos, que vivia no haras com os outros animais. Os donos do animal solicitaram um laudo preliminar elaborado por um veterinário contratado.
De acordo com o documento, o animal sofreu uma infecção causada por uma bactéria. O médico veterinário responsável pelos exames clínicos constatou que a égua apresentava apatia, prostração e alterações na postura, locomoção e comportamento. O quadro evoluiu progressivamente, levando à decisão pela eutanásia.
Uma moradora de Indaiatuba, que preferiu não se identificar, contou que mantinha dois cavalos no mesmo local onde alguns animais morreram. Segundo ela, na semana passada, os animais começaram a passar mal e um deles morreu.
A EPTV procurou a Nutratta Nutrição Animal para falar sobre a decisão, mas não teve retorno até o fechamento desta reportagem. Na última publicação, o advogado Diêgo Vilela, que representa a empresa, informou que a Nutratta trabalhava na identificação dos lotes e consumidores.
Com informações da EPTV Campinas*