Padre investigado por estupro de vulnerável é ouvido na delegacia e segue preso

Foto: Victor Hugo Bittencourt/EPTV

O padre suspeito de embebedar e induzir um adolescente de 16 anos a fazer sexo foi transferido para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Indaiatuba, na tarde desta quarta-feira (4). Ele foi ouvido formalmente na investigação do crime de estupro de vulnerável e por ferir o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).

O homem foi capturado em São Carlos na terça-feira (3), após a Justiça expedir mandado de prisão temporária. De acordo com Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o padre passou por audiência de custódia nesta quarta, e permaneceu preso.

O g1 Campinas tentou contato com o advogado do padre, mas não obteve retorno até esta publicação.

Em nota, a Arquidiocese de Campinas informa que o padre solicitou o seu afastamento/desligamento do exercício do ministério sacerdotal, e que “já foram realizados os devidos encaminhamentos legais, tanto na esfera jurídica quanto no âmbito canônico, por meio de seu corpo jurídico e canônico”.

O boletim de ocorrência foi registrado no dia 19 de maio, e o crime ocorreu na noite de domingo (18), após o padre convidá-lo para jantar.

O pai do adolescente procurou a Polícia Civil para relatar que o filho foi convidado pelo padre para jantar após a missa. No restaurante, o jovem teria pedido para consumir bebida alcoólica e o padre comprou dois drinks com vodca.

Após o jantar, o padre convidou o adolescente para ir até a casa dele, que fica no andar de cima da igreja. Lá, ele tentou massagear as costas do menino, que recusou.

Segundo o relato do pai, o padre ofereceu uísque e disse que o jovem deveria beber para “ficar mais relaxado”.

Ao beber, o adolescente ficou levemente embriagado, desorientado e apresentando confusão metal, segundo o boletim de ocorrência.

O padre, então, pediu para o jovem se despir e recomeçou a massageá-lo. Em seguida, exigiu que fizesse sexo com ele. Depois, mandou que vestisse roupa porque iria levá-lo para casa.

Ao voltar para casa, o adolescente não conseguiu contar para os pais, mas relatou, no dia seguinte, para a terapeuta – que o encorajou a fazer a denúncia.

O jovem contou aos pais, que procuraram a delegacia para registrar o boletim de ocorrência.

O caso foi registrado como estupro de vulnerável, porque o padre deu bebida alcoólica ao adolescente, e pelo artigo 243 do ECA, que prevê punição para quem entregar produtos que possam causar dependência.

  • Com informações do g1 Campinas
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