A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira (26) a terceira fase da Operação ‘Mão Protetora’, com o objetivo de aprofundar as investigações relacionadas ao compartilhamento de arquivos com conteúdo de abuso sexual infantil pela internet. Durante a manhã foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, sendo um em Bragança Paulista, e outro em Mogi Mirim.
As investigações começaram 2024 e também neste ano, a partir de ações de inteligência da própria Polícia Federal. O objetivo é identificar e responsabilizar criminalmente indivíduos envolvidos na propagação de material sexual de crianças e adolescentes.
De acordo com a corporação, os casos não tem ligação.
Em Mogi Mirim, durante as buscas, o investigado tentou se livrar do aparelho celular, mas os policiais viram a ação e recuperaram o dispositivo.
Não houve prisão em flagrante, mas em ambos os endereços os dispositivos eletrônicos e suportes de mídias encontrados foram apreendidos e serão submetidos a exames periciais.
OUTRA OPERAÇÃO
A segunda operação do dia contou com apoio da Polícia Militar de Minas Gerais. O objetivo é desarticular duas organizações criminosas interligadas voltadas para a prática de crimes hediondos e equiparados. Os grupos atuavam nos municípios de Alfenas e Poços de Caldas, além das regiões sul de Minas Gerais e noroeste do Estado de São Paulo.
As equipes realizaram o cumprimento de 18 mandados de prisão temporária, 16 de prisão preventiva, além de 80 de busca e apreensão. Entre os endereços, as cidades de Mogi Guaçu, Ribeirão Preto e São João da Boa Vista.
Como alguns investigados são suspeitos de crimes patrimoniais contra instituições financeiras, há ainda a coleta de DNA de 4 indivíduos para lançamento na Rede Integrada de Perfis Genéticos (RIBPG) do Ministério da Justiça.
Com duração de um ano, a investigação, que também contou com a colaboração da Polícia Rodoviária Federal, revelou um esquema criminoso altamente estruturado, responsável por crimes como tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, extorsão, receptação, roubo a bancos, furto qualificado e adulteração de veículos.
Durante as investigações, foram realizadas várias prisões em flagrante. Um dos casos foi na cidade de Altinópolis. Na zona rural, houve a descoberta e o desmantelamento de um laboratório de processamento de drogas, com a apreensão de insumos e equipamentos utilizados no preparo de cocaína para comercialização.
As apurações indicaram que as organizações movimentaram pelo menos R$ 50 milhões em ativos ilícitos.