Procedimentos estéticos em clínicas irregulares: entenda os riscos

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todos os produtos utilizados em procedimentos estéricos precisam ser aprovados.
Foto: Anvisa/Divulgação

A interdição de uma clínica de estética no bairro Cambuí, em Campinas, acendeu o alerta sobre a importância de verificar a regularidade do estabelecimento antes de realizar procedimentos estéticos. O local foi fechado pelas autoridades devido à ausência de alvará de funcionamento e diversas outras irregularidades.

Após a fiscalização, realizada pela Polícia Civil e Vigilância Sanitária de Campinas, o delegado Marcelo Fehr, disse que foram encontrados produtos vencidos.

Guilherme Martins, advogado de defesa dos donos da clínica, nega que os produtos utilizados eram fora da validade e apesar de não ter a licença da vigilância, ele acredita que a clínica estava atuando de maneira correta.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todos os produtos utilizados em procedimentos estéticos precisam ser aprovados. Há determinações e critérios rigorosos para cada tipo de substância e como devem ser armazenadas. Se o paciente se submeter aos procedimentos que não estejam nas especificações, corre risco de complicações.

Um exemplo da aplicação irregular de substâncias é a dona de casa Flávia Barboza. Ela passou por um procedimento estético em outra clínica com produtos fora das especificações.

Daniele Taufer, médica dermatologista, explica que em casos mais graves, o paciente pode desenvolver botulismo.

Kristiane Hitomi Shimizu, assessora técnica da Coordenação de Vigilância Sanitária de Campinas, afirma que o paciente deve exigir o alvará de funcionamento da clínica antes de se submeter aos procedimentos.

Após a fiscalização da Vigilância Sanitária e a Polícia Civil na clínica do Cambuí, duas pessoas foram presas. A mulher é biomédica e cuidava dos procedimentos, enquanto o homem era responsável pela área administrativa.

Eles foram presos por crime contra as relações de consumo, e após audiência de custódia, foi concedida liberdade provisória. O caso foi registrado no 13º Distrito Policial de Campinas.

O que diz a defesa?

A MK Saúde e Estética informa que tomou ciência, nesta data, das diligências realizadas pela Vigilância Sanitária e Polícia Civil em suas instalações. Desde então, estamos integralmente colaborando com as autoridades competentes para a completa e transparente apuração dos fatos. É importante destacar que recebemos recentemente a documentação relativa ao caso, motivo pelo qual qualquer manifestação conclusiva neste momento seria precipitada e violaria o direito constitucional de presunção de inocência dos envolvidos. No entanto, reforçamos que temos como princípio fundamental o compromisso absoluto com a saúde, segurança e bem-estar de nossospacientes. Estamos tomando imediatamente todas as medidas necessárias para esclarecer os fatos, para que nossos processos continuem integralmente alinhados às normas técnicas e sanitárias aplicáveis. Assim que dispusermos de mais informações e esclarecimentos, estes serão prontamente compartilhados com a imprensa e a sociedade. Agradecemos a compreensão e confiança de nossos clientes”.

Com informações da EPTV Campinas*

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