Dois anos depois do seu início, as obras de duplicação da Rodovia Miguel Melhado Campos, que liga Vinhedo ao Aeroporto de Viracopos em Campinas, ainda parecem longe de acabar.
Apesar do índice de execução na casa dos 85% e previsão de entrega para setembro, o cenário ainda é de um grande canteiro de obras, como a reportagem da CBN Campinas constatou em visita ao local nesta semana.
O asfalto irregular dificulta o tráfego dos veículos nos dois sentidos das marginais.
O pó das escavações e da terra revirada tornam a vida dos trabalhadores e moradores da região ainda mais difícil em tempos de estiagem.
É o que nos conta o Gilberto, que reclama do desrespeito com os moradores da região, que compreende bairros como Jardim Campo Belo, Jardim Fernanda, Jardim São Domingos e Cidade Singer.
Mas a duplicação da Miguel Melhado também gera queixas para quem mantém trabalha na região.
Em alguns trechos, os estabelecimentos comerciais, que antes ficavam no nível da pista, ficaram ocultados pelo paredão do soerguimento da rodovia.
É o caso da dona Odete, proprietária de uma floricultura, que agoniza com o movimento quase zerado depois da nova configuração da obra.
Em sua visão, além da perda de visibilidade, a redução do calçamento também desestimula os clientes a estacionarem para visitar a loja.
O líder comunitário Zezinho lamenta a separação dos bairros a partir da duplicação da rodovia e reclama que os interesses dos moradores não foram contemplados pelo projeto.
Segundo o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), as obras de duplicação e melhoria na Rodovia Miguel Melhado Campos sofreram adiamento em razão dos pedidos de readequação por parte das autoridades competentes.
Ainda de acordo com o DER, em janeiro, o Governo do Estado de São Paulo anunciou, a realocação de 100 famílias que ocupavam irregularmente a Faixa de Domínio da estrada.
O acordo ofereceu moradias por meio de cartas de crédito ou imóveis construídos pela própria CDHU, com suporte financeiro do Departamento de Estradas de Rodagem.
O DER confirma o mês de setembro de 2025 como a nova previsão de entrega das obras.