Campinas aparece na primeira colocação do Ranking do Saneamento 2025, divulgado pelo Instituto Trata Brasil.
O levantamento considera os 100 municípios mais populosos do país e avalia indicadores como acesso à água, coleta e tratamento de esgoto, eficiência no serviço prestado e nível de investimento.
Na sequência do ranking aparecem Limeira, também na região de Campinas, e Niterói. Entre os 20 melhores colocados, nove são do estado de São Paulo.
Em Campinas, a Sanasa, responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto, afirma que fez investimentos que ultrapassam R$ 1 bilhão desde 2021. As ações incluíram a construção de 20 novos reservatórios de água potável, elevando a capacidade de armazenamento da cidade para 196 milhões de litros.
Isso permite garantir o abastecimento da população por até 20 horas em situações de emergência, como interrupções no fornecimento de energia ou problemas com a captação no Rio Atibaia. Esses reservatórios reforçam o abastecimento de mais de 350 bairros e beneficiam mais de 750 mil moradores.
Outro avanço importante foi a substituição de 473 quilômetros de redes antigas por tubulações de polietileno de alta densidade, mais resistentes e duráveis. Essa renovação ajudou a reduzir o índice de perdas na distribuição para 18,02%, um dos mais baixos do Brasil.
Como resultado, Campinas evitou a retirada de 3 bilhões de litros de água dos rios entre 2021 e 2024 — volume suficiente para abastecer uma cidade com 50 mil habitantes.
Analisando o ranking geral, apesar dos avanços em alguns municípios, apenas 12 cidades conseguiram investir acima da média necessária para universalizar os serviços, estimada em R$ 223,82 por habitante por ano, conforme o Plano Nacional de Saneamento Básico.
Os 20 melhores colocados investiram, em média, R$ 176,39 por habitante/ano, valor considerado aceitável para locais que já têm alto nível de atendimento.
Já os 20 piores municípios investiram apenas R$ 78,40 por habitante/ano, o que representa um déficit de aproximadamente 65% em relação ao necessário.
Em Rio Branco, o pior caso entre as capitais, o investimento foi de apenas R$ 8,09 por habitante.