Com superlotação de 140%, Caism pede que novos pacientes busquem outros hospitais

Foto: Reprodução/EPTV

Ouça a reportagem na íntegra.

O Hospital da Mulher da Unicamp, o Caism, está em situação crítica de superlotação e atendeu nesta terça-feira (15) com mais de 140% da capacidade. De acordo com a unidade, a orientação é para que novos pacientes busquem por outros hospitais e serviços de saúde da região.

A cozinheira Adriana Santos relata a demora para atendimento. Marinalva Barbosa é outra paciente que precisou enfrentar horas de espera.

Segundo a administração da unidade, o hospital possui 15 leitos de UTI neonatal, mas há 21 bebês internados no local. Além disso, há gestantes de alto risco atendidas, com programação para parto com necessidade de internação neonatal.

O hospital informou que pediu para que não sejam realizados novos encaminhamentos ao Caism ao sistema de regulação do Estado de São Paulo. Segundo a administração, a medida foi adotada para não comprometer a segurança dos pacientes.

As UPAs deve fazer a primeira triagem. A partir daí, a Cross, Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde, faz o redirecionamento para as unidades que possam fazer o atendimento.

Hospital de Clínicas no mesmo cenário

A situação é crítica em toda a rede de atendimento hospitalar da Unicamp. O Hospital de Clínicas de Campinas tem a menor proporção de leitos para o tamanho da população que atende. Ao todo, 44 municípios da região encaminham pacientes para a unidade. Juntos, somam mais de 4 milhões e 200 mil habitantes, enquanto a unidade conta com 560 leitos. Ou seja, são mais de 7.500 pessoas para cada leito.

A Secretaria de Saúde de Campinas informou que monitora de forma permanente a situação de leitos de UTI neonatal na cidade. Disse que mantém tratativas com o Governo do Estado para aumento da oferta de leitos.

O Grupo EP questionou a Secretaria de Saúde do Estado sobre um prazo para o início da construção do novo hospital regional de Campinas, que vem sendo citado pelo governador Tarcísio de Freitas, mas não houve resposta sobre o prazo. Além disso, a Unicamp aponta que a nova estrutura demoraria pelo menos quatro anos para ficar pronta, o que não resolveria a demanda de superlotação de forma urgente e imediata.  

A superintendente do HC disse que, uma das alternativas, seria criar parcerias com os municípios para aumentar os leitos da Unicamp, mas fora da estrutura do hospital.

A Secretaria Estadual disse apenas que o Departamento Regional de Saúde de Campinas tem realizado reuniões com representantes das unidades de saúde da região para alinhar estratégias. Disse que o chamamento público para a contratação de 4 mil procedimentos, entre ambulatoriais e hospitalares, para atender a população da RMC, está em fase final.

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