Corregedoria da PM vai apurar conduta violenta de agentes contra casal de Valinhos; vítimas detalham agressões

Foto: Reprodução

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo investiga a agressão de dois agentes contra um casal de Valinhos.  

Uma das razões para a abertura do procedimento é o conflito entre a versão dos policiais e o relato das vítimas da agressão.

Os dois agentes, que pertencem à 4ª Companhia da Polícia Militar de Valinhos foram afastados do trabalho operacional. 

O caso aconteceu no dia 21 de junho, durante o feriado de Corpus Christi, mas a divulgação das imagens da violência viralizou nesta semana. 

As cenas gravadas pela câmera de segurança instalada no imóvel mostram a chegada dos dois agentes em uma viatura.  

Depois do primeiro contato, um deles agride o dono da casa, com socos e empurrões. O segundo policial tira um cacetete e desfere golpes contra a perna da vítima. 

A esposa tenta apartar o ataque dos policiais, mas é agredida com um soco no rosto. 

Nos registros, que possuem áudio ambiente, também é possível ouvir o filho do casal em desespero. 

A mulher agredida é a dona de casa Samara Siqueira, que afirma que a Polícia Militar foi acionada pela avó, depois de uma discussão entre elas. 

Depois da abordagem, o casal foi levado para a delegacia. O marido de Samara, o auxiliar de produção Luiz Jacopini, relata que continuou a ser agredido mesmo depois de ser colocado na viatura. 

Em boletim de ocorrência, os dois policiais alegaram que o homem estaria muito alterado e teria investido contra a equipe policial. 

Os agentes declaram que houve necessidade de uso da força, por meio do bastão, e posteriormente a imobilização. 

Samara e Luiz realizaram o Exame de Corpo de Delito. A defesa do casal entrou com uma representação na Polícia Militar, e aponta que os dois teriam sido vítimas de preconceito. 

Além da apuração conduzida pela Corregedoria da PM, a Polícia Civil de Valinhos abriu inquérito para investigar um suposto caso de violência doméstica, que teria originado o chamado da Polícia Militar. 

A Polícia Militar foi procurada para comentar o caso mas não retornou às tentativas de contato. 

A Secretaria Estadual de Segurança Pública informa que os casos estão sendo apurados com rigor, e diz que eventuais desvios de conduta vão ser tratados com a seriedade que o caso exige. 

O Comando da Polícia Militar na região de Campinas também acompanha os desdobramentos do caso. 

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