O trabalhador que morreu durante manutenção da pista do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, vai ser sepultado nesta quinta-feira na cidade de Araçoiaba da Serra, na região de Sorocaba.
Rodrigo Augusto Lucena Barros foi atropelado por um carro de outra empresa terceirizada na madrugada desta quarta.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) estiveram no aeroporto para dar início à investigação sobre o acidente.
A vistoria incluiu reuniões com os setores jurídico e de manutenção da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, além de encontro com a delegada responsável pelo caso para compartilhamento de informações.
Segundo o MPT, já existe um inquérito em andamento sobre segurança do trabalho no aeroporto, com audiência pública realizada em abril com cerca de 40 empresas terceirizadas. No entanto, uma nova investigação específica será aberta para apurar as circunstâncias da morte de Rodrigo.
A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou que as duas empresas envolvidas no acidente — a contratante da vítima e a do condutor do veículo — estão sediadas fora do município. Ambas tiveram as atividades suspensas até que sejam concluídas as análises técnicas. Elas foram notificadas e devem entregar documentos até a próxima segunda-feira, além de promover adequações nos processos de trabalho para reduzir riscos.
Segundo a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, que lamentou a morte em nota, o acidente causou o cancelamento de 12 voos — sete de chegada e cinco de partida.
A Secretaria de Saúde também informou que há registros de acidentes com morte em Viracopos nos anos de 2013 (dois casos), 2022 (um caso) e agora em 2025. O MPT aguarda o resultado da vistoria para novos posicionamentos.