A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o acidente que deixou uma mulher de 39 anos tetraplégica após ser atingida por uma estrutura de metal em um parque aquático de Artur Nogueira. O prestador de serviço que montou a estrutura foi indiciado por lesão corporal gravíssima.
O laudo apontou falhas graves na montagem. Segundo a Polícia Civil, a estrutura metálica, coberta por lona, não tinha fixação adequada ao solo e estava mal posicionada. Além disso, o prestador de serviço montou a estrutura sem supervisão ou apoio técnico.
O vento forte fez a estrutura desabar sobre a vítima, que perdeu a consciência e caiu na água. Com o indiciamento, o caso segue para o Ministério Público (MP), que irá verificar se oferece denúncia contra o prestador de serviço à Justiça.
A Polícia Civil não indicou responsabilidade criminal do parque no inquérito, mas o local ainda pode ter responsabilidade nas esferas civil e do consumidor.
Não foi possível localizar o prestador de serviço para comentar o indiciamento.
Denise da Silva Bezerra foi ferida na cabeça e acabou sofrendo fraturas na coluna. Ficou internada por quase 40 dias e teve alta em 6 de abril. Sem conseguir se mover do pescoço para baixo, ela diz que não se lembra do acidente e ainda não sabe se o quadro será definitivo.
Desde que deixou o hospital, Denise vive em um quarto adaptado na casa da mãe. Antes do acidente, ela e o marido Jonatan Cardoso haviam comprado uma padaria. Hoje o estabelecimento é administrado por familiares que precisaram deixar o emprego.
Denise estava na piscina do parque aquático, no bairro Sítio São João, quando foi atingida pela estrutura que servia de suporte para um banner.
O marido mergulhou para resgatá-la e os brigadistas fizeram os primeiros socorros.
Denise foi encaminhada ao Pronto Socorro (PS) de Artur Nogueira e depois ao HC da Unicamp. A Polícia Civil foi ao local e fez a perícia técnica.
O acidente aconteceu no dia 1º de março de 2025.
- com informações do g1 Campinas