Prefeitos e representantes dos municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) se reuniram nesta quarta-feira (20) para discutir os impactos econômicos das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, no início do mês, e os reflexos nas cidades do interior.
A Secretaria de Finanças de Campinas elaborou um relatório que destacou os principais potenciais exportadores de cada cidade da RMC e como os respectivos municípios serão afetados com a taxação de 50% do governo americano.
Durante a reunião, as autoridades apontaram que 55% de todas as exportações feitas pelas 20 cidades sofrerão com os impactos do tarifaço.
A região, considerada um polo tecnológico, tem diversas empresas importantes para o setor de exportação de eletrônicos, como Samsung, Dell, Motorola, etc. O prefeito de Campinas, Dario Saadi, destacou que o incentivo fiscal concedido pelo Governo Estadual à indústria de eletroeletrônicos foi fundamental para amenizar o abalo no setor.
Ainda de acordo com o levantamento apresentado, Campinas (34%), Indaiatuba (13%) e Santo Antônio de Posse (13%) são os municípios que mais exportam para os Estados Unidos da região metropolitana. Entre os principais produtos estão carne, petróleo, pneumáticos, medicamentos, além de peças de máquinas e de motores.
O prefeito de Santo Antônio de Posse, José Ricardo Cortez, falou sobre o a preocupação com o reflexo nos empregos do município. A cidade conta com uma indústria frigorífica, uma das principais empregadoras e responsável por 85% da exportação da cidade.
Os gestores apontaram que um dos objetivos é articular estratégias para diminuir esse impacto nas cidades. Por isso, o documento elaborado será encaminhado aos Governos Estadual e Federal para estudar outros possíveis benefícios aos setores mais afetados.