A Azul Linhas Aéreas informou, nesta segunda-feira, que encerrou, em março deste ano, as operações em 14 cidades brasileiras. Parte das mudanças já havia sido anunciada em janeiro, quando a companhia comunicou a suspensão dos voos em 12 municípios.
A decisão faz parte de um processo de reestruturação conduzido nos Estados Unidos, semelhante à recuperação judicial, chamado Capítulo 11 da Lei de Falências. Desde o início do procedimento, em maio, já foram realizadas ao menos duas audiências.
Em apresentação a investidores no início de agosto, a Azul afirmou que a medida eliminou 53 rotas consideradas “não lucrativas” e que a prioridade agora será reforçar os hubs, com destaque para o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.
Cidades que perderam voos
- Crateús (CE)
- São Benedito (CE)
- Sobral (CE)
- Iguatú (CE)
- Campos (RJ)
- Correia Pinto (SC)
- Jaguaruna (SC)
- Mossoró (RN)
- São Raimundo Nonato (PI)
- Parnaíba (PI)
- Rio Verde (GO)
- Barreirinhas (MA)
- Três Lagoas (MS)
- Ponta Grossa (PR)
Segundo a empresa, desde julho as rotas também passam por um processo “normal” de adequação da malha aérea, considerando fatores como alta do dólar, aumento dos custos operacionais, crise global na cadeia de suprimentos, disponibilidade de frota e ajustes de oferta e demanda.
A Azul destacou que os clientes impactados foram comunicados previamente e receberam assistência conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Também anunciou mudanças em outras rotas, como a operação para Fernando de Noronha (PE), agora feita apenas a partir de Recife (PE), e a de Juazeiro do Norte (CE), que passou a ter como destino Viracopos.
No caso de Caruaru (PE), os voos foram readequados e passaram a ser feitos por aeronaves menores, com nove lugares, devido à baixa ocupação.
A companhia reforçou que reavalia constantemente suas operações e que ajustes fazem parte do planejamento para atender às necessidades e oportunidades do mercado.