Neste ano, Campinas já contabiliza 42.400 casos confirmados de dengue e 21 mortes pela doença. Por outro lado, o cenário da vacinação para dengue ainda é considerado de baixa procura.
No último balanço divulgado, entre abril e junho, a Secretaria de Saúde aplicou 13.651 doses de vacina contra a dengue, em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O público-alvo total da vacinação em Campinas é de 65,2 mil. A vacina continua disponível nas 69 unidades de saúde do município.
Em um dos centros de saúde, da Vila Ipê, por exemplo, poucos pais levaram os filhos para receber a dose. As equipes relataram que, das crianças e adolescentes que foram à unidade, elas tomaram somente a primeira dose, e não completaram o esquema com a segunda. Dessa forma, a vacina não garante a imunização contra a doença, já que há necessidade das duas doses.
Nesta semana, Campinas tem 28 bairros em alerta para alto risco de transmissão da dengue, segundo a nova edição do Alerta Arboviroses divulgada pela Secretaria de Saúde.
Nesses locais, as equipes intensificam as ações preventivas, de combate e orientação à população. A lista inclui o Jardim Santa Genebra, Vila Costa e Silva, Satélite Íris, Parque Itajaí, Jardim São Marcos e Vila Georgina.
O monitoramento da saúde leva em conta a incidência de casos, a presença do mosquito Aedes aegypti, a circulação de mais de uma arbovirose ao mesmo tempo e outros fatores como dificuldade de acesso às casas e alta densidade populacional.
O Município fez mais uma operação especial na quinta-feira (31), com uso de drone e apoio de chaveiro, para eliminar criadouros do mosquito em imóveis com acesso restrito.
Foram percorridos bairros como: Jardim Nossa Senhora Auxiliadora, Centro, Bananal, Jardim Cristina, Vila Vitória, Jardim Indianópolis, Jardim Aeronave, Chácara Santos Dumont e Distrito Industrial.
Durante a vistoria, mil focos do mosquito foram eliminados. Em um imóvel no bairro Bananal, foi preciso aplicar larvicida em uma piscina. Desde março, já foram vistoriados 216 imóveis em 21 operações.
A Prefeitura ressalta a orientação para que moradores eliminem qualquer acúmulo de água, como em pneus, vasos de planta, calhas, lajes e caixas d’água destampadas. A melhor forma de prevenir a dengue é evitar o surgimento de criadouros do mosquito transmissor.
A administração lembrou que o desfecho óbito depende de fatores como a procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e características individuais do paciente, como possíveis doenças preexistentes e/ou outras condições clínicas especiais.