O inverno mais seco do que a média preocupa as cidades que não possuem uma estrutura dedicada à reservação de água.
De acordo com o Consórcio PCJ, em julho, a média de precipitação nas cidades que fazem parte das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí foi de apenas 16,4 milímetros.
O índice é 33% menor do que a média histórica para o mês nestas regiões, que já é caracterizada pela secura, em torno de 24 milímetros.
O secretário-executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, destaca que apesar da tendência de piora gradual da estiagem, mapeada ano a ano na região, o cenário não inspira pânico para as cidades que já possuem algum sistema de reservação de água.
Lahóz relata preocupação com 56 municípios que fazem parte da região do PCJ, e que não possuem nenhuma estrutura dedicada de armazenamento.
O secretário-executivo do Consórcio observa que estas cidades têm o dever de criar condições para que, quando as chuvas intensas retornarem, as estruturas sejam capazes de atender com eficiência a população.
E quanto menor o consumo de água no período de estiagem, menor também é o faturamento das autarquias e empresas privadas que gerenciam o serviço de água nas cidades da região.
Francisco Lahóz garante que o Consórcio PCJ trabalha na orientação das companhias para que tenham planejamento financeiro capaz de continuar a ofertar serviços, sem prejuízos à qualidade.
Segundo o informe de agosto divulgado pela agência de monitoração do clima dos Estados Unidos, a NOAA, são pequenas as probabilidades de ocorrência de um fenômeno climático como o El Niño ou o La Niña nas águas do Oceano Pacífico nos próximos meses.
Com esta condição de neutralidade, o retorno das chuvas para a região sudeste do Brasil é aguardada para o mês de outubro.