Empresários de Piracicaba se reúnem com Alckmin e alertam para impacto do tarifaço

Foto: Divulgação

Representantes do setor metal mecânico de Piracicaba e região estiveram nesta quarta-feira (20) em Brasília para uma reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. O encontro teve como foco os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

A comitiva, formada por empresários ligados ao Simespi — sindicato que representa indústrias metalúrgicas, mecânicas, elétricas, eletrônicas, siderúrgicas e fundições de Piracicaba, Saltinho e Rio das Pedras — entregou uma carta com dados que mostram os riscos econômicos para a região caso o chamado “tarifaço” seja mantido.

Segundo o Simespi, o setor reúne cerca de 1.400 empresas e gera 30 mil empregos diretos. A estimativa é que, a partir de novembro, até 5 mil trabalhadores possam ser demitidos, o que representaria um custo de R$ 60 milhões ao governo federal com seguro-desemprego. Além disso, haveria uma queda de R$ 2 milhões por mês na circulação de vale-alimentação na economia local.

As exportações da região para os Estados Unidos somaram 1,4 bilhão de dólares apenas no primeiro semestre deste ano — mais de 40% de tudo o que Piracicaba exporta. O setor de máquinas e equipamentos mecânicos lidera essas vendas.

Os empresários também alertaram que o impacto não se limita às exportadoras, mas atinge toda a cadeia produtiva, incluindo fornecedores de peças, insumos e serviços.

Entre as reivindicações apresentadas ao governo federal estão:

  • Incentivos ao mercado interno;
  • Desoneração temporária da folha de pagamento;
  • Devolução mais ágil de créditos de ICMS para exportadoras;
  • Reforço nas negociações diplomáticas com os Estados Unidos.

Uma preocupação adicional é o peso da Caterpillar na economia local. A empresa, que fabrica máquinas pesadas e emprega cerca de 5 mil pessoas, responde por 90% das exportações de Piracicaba. Em nota, a empresa informou que acompanha as negociações e só tomará decisões de longo prazo quando houver maior clareza sobre o cenário econômico.

Outros setores da região também foram afetados pelas tarifas, como os de açúcar, confeitaria e produtos químicos orgânicos.

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