Fintech usada como “banco paralelo” movimentou R$ 46 bilhões em esquema criminoso

Foto: Polícia Federal

A Receita Federal revelou que uma fintech de pagamentos atuava como o principal núcleo financeiro de uma organização criminosa que lavava dinheiro e ocultava patrimônio no setor de combustíveis. A empresa, que operava fora do radar dos órgãos de controle, movimentou R$ 46 bilhões entre 2020 e 2024, sem que fosse possível rastrear os valores individualmente.

Segundo os auditores, a fintech recebia depósitos em espécie, prática incomum para esse tipo de instituição, e usava contas-bolsão em bancos comerciais para misturar os recursos de todos os clientes. Essa estrutura permitia compensações financeiras entre empresas do grupo criminoso e fundos de investimento usados para blindagem patrimonial.

A Receita aponta que brechas na regulação das instituições de pagamento foram exploradas para dificultar o rastreamento dos valores. Em 2024, mudanças foram feitas para aumentar a transparência, mas foram revogadas em 2025 após uma onda de desinformação.

A fintech também era usada para pagar colaboradores e cobrir gastos pessoais dos operadores do esquema. A Receita já identificou 40 fundos de investimento ligados ao grupo, com patrimônio de R$ 30 bilhões, usados para esconder bens como fazendas, usinas de álcool, caminhões e imóveis de alto padrão.

As operações Quasar, Tank e Carbono Oculto seguem em andamento, com mandados em oito Estados e bloqueio de bens que ultrapassam R$ 2 bilhões.

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