Gaeco e Baep prendem empresários em Campinas por plano de execução contra promotor de justiça

Foto: Reprodução/MP

O Ministério Publico de São Paulo, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado) e com o apoio da Polícia Militar deflagraram nesta sexta-feira a Operação Pronta Resposta, que desarticulou um plano para matar o promotor do MP, Amauri Silveira Filho, integrante do Gaeco.

O promotor Marcos Rioli comentou que a resposta do poder público teve que ser rápida, já que, pelas investigações, tudo já estaria orquestrado para a execução do plano.

Os presos são Maurício Silveira Zambaldi e José Ricardo Ramos, que atuam nos setores de comércio de veículos e transporte. Um deles foi detido no bairro Cambuí, região central de Campinas, e o outro no condomínio Alphaville, também no município.

Segundo o Ministério Público, os investigados teriam se associado à liderança do PCC para impedir o avanço da Operação Linha Vermelha, que apura crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. O grupo teria providenciado veículos, armas e operadores para executar o ataque.

O juiz Caio Ventosa Chaves, da 4ª Vara Criminal de Campinas, autorizou três mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão, todos cumpridos nesta manhã. Dentre os locais, a loja de motos Dragão Motors, na Vila Joaquim Inácio, e no lava-rápido Eco Wash, no Jardim Santa Genebra, os dois endereços em Campinas. O Ministério Público informou que apreendeu celular, computador e documentos nos locais.

Um dos principais envolvidos está foragido há anos, possivelmente na Bolívia. Sérgio Luiz de Freitas Filho é apontado como operador de alto nível do tráfico no Brasil. Segundo o promotor do MP, Marcos Rioli, as investigações continuam para identificar outros participantes do plano.

A tentativa de execução contra o promotor Amauri Silveira Filho não é um episódio isolado. O promotor já havia sido alvo de ameaças graves em 2013 e 2022, após investigações que atingiram integrantes do tráfico de drogas e policiais civis suspeitos de envolvimento com o crime organizado.

Em 2013, Amauri recebeu uma carta com ameaças de morte, fotos da casa dele e de familiares, além de mensagens que citavam o uso de armas de guerra. O remetente se identificava como “chumbo grosso com munições”.

Já em 2022, após a prisão de 23 pessoas — incluindo policiais —, novas ameaças foram feitas. Uma correspondência entregue na sede do MP trazia imagens das fachadas de imóveis onde moram parentes de promotores.

O que diz a defesa:

A defesa técnica de Maurício Silveira Zambaldi informa que:
(i) A defesa ainda não obteve acesso amplo e irrestrito aos autos da investigação e aguarda que tal acesso seja concedido nas próximas horas.
(ii) Neste momento, ambos os investigados negam veementemente qualquer participação em plano que atente contra a integridade física de
autoridades. Qualquer ilação em sentido contrário carece de fundamento.
(iii) A defesa técnica confia plenamente que a verdade dos fatos será devidamente estabelecida no curso da investigação.
(iv) Os investigados permanecem à disposição das autoridades para colaborar com o esclarecimento dos fatos, sempre na busca da verdade real.

Até o momento, o Grupo EP não consguiu contato com a defesa de José Ricardo Ramos.

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