Indústrias da região vivem agosto estável, mas preocupadas com possível extensão do tarifaço

Foto: Pexels

Em compasso de espera sobre a situação do tarifaço de Donald Trump, as indústrias da região de Campinas mantiveram um ritmo estável na atividade econômica em agosto. 

A conclusão é da nova rodada do levantamento “Panorama Regional”, realizado pelo Departamento de Comércio Exterior do Ciesp Campinas. 

O informe mostrou que no período anterior à entrada em vigor da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, os Estados Unidos continuaram a ser o principal destino dos produtos fabricados nas 19 cidades com indústrias associadas à Regional do Ciesp Campinas. 

No período, as empresas do país norte-americano adquiriram mais de US$ 57 milhões em bens produtos na RMC. 

Na sequência aparecem a Argentina, com 15% de participação nas exportações mensais, estimadas em US$ 50 milhões; e o México, na terceira colocação, com pouco menos de US$ 18 milhões exportados no mês passado. 

Para 58% das indústrias associadas à Regional do Ciesp Campinas, outros países das Américas devem ser o destino das exportações que deixarem de ser feitas aos Estados Unidos. Já os continentes asiático e europeu aparecem como 17% das indicações, e o Oriente Médio com 8%. 

Na outra mão, a Ásia deve ser a opção de 46% dos industriais para a importação de produtos que deixarem de ser comprados dos Estados Unidos. 

Na avaliação dos dirigentes do Ciesp Campinas, a condição de relativa estabilidade nos números reflete um comportamento de antecipação às consequências do tarifaço, como explica o vice-diretor da entidade, Valmir Caldana. 

Caldana também elogiou as medidas emergenciais anunciadas pelo Governo Federal no plano “Brasil Soberano”, mas reitera que elas não substituem a necessidade de as indústrias preservarem o nível de faturamento. 

Para o diretor de Comércio Exterior do Ciesp Campinas, Anselmo Riso, a crise do tarifaço é uma oportunidade para que as indústrias ampliem o seu mercado de atuação. 

A pesquisa entre as indústrias associadas ao Ciesp Campinas também relatam o aumento de custos com energia, água e transportes em julho – queixa de 45% dos respondentes.   

Já 46% dos associados afirmam que a incerteza não deve afetar o plano de atualizar o maquinário.  

Entre os associados, a perspectiva de risco de demissões também caiu. De 17% em julho para 9% em agosto. 

A Regional do Ciesp Campinas congrega mais de 500 empresas associadas em 19 municípios da Região Metropolitana. 

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