O Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua é lembrado nesta terça-feira, 19 de agosto. A Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social realizou o seminário Rede Pop Rua, na Prefeitura, para falar sobre a rede de acolhimento para pessoas em situação de rua em Campinas.
Dados do Município, de um levantamento feito ano passado, mostram que cerca de 1.500 pessoas vivem nesta condição na cidade, com cerca de 257 acolhidos nos abrigos. A prefeitura informou que muitos moradores de rua não são de Campinas, com 70% vindo de outras cidades, segundo o levantamento.
As 1,5 mil pessoas nas ruas representam aumento de 39,4% em relação ao levantamento anterior, de 2021, quando foram contabilizados 932 moradores em situação de rua.
A região Leste, onde fica a área central, concentra a maior parcela dessa população (42,6%), que é formada principalmente por homens, pessoas pardas e jovens, entre 25 e 36 anos.
Uma das pessoas que enfrentou a realidade das ruas é a campineira Bianca Fricke. Há cerca de quatro anos ele conseguiu sair desta condição e se envolveu em movimentos de Luta e Defesa da população de rua.
Ela relata que, no caso das mulheres, a condição sem uma casa é ainda pior, por dificuldades com higiene, além dos casos de violência.
As pessoas que trabalham na região central e estão nessa área diariamente também contam as dificuldades de lidar com esses moradores. Maurício Almeida conta dos impactos no comércio e o cenário de degradação que o centro acabou se tornando.
Outra trabalhadora da região da 13 de maio é a Nadja Lima. Ela citou, por exemplo, a sensação de insegurança por conta dessa população, que em sua maioria é composta por homens.
Para auxiliar essas pessoas a superarem a vulnerabilidade ou ter acesso ao básico para sobrevivência digna, a secretária de Assistência Social, Vandecleya Moro, falou sobre as ações que são realizadas em Campinas.
Os também apontam sobre o tempo em que esses moradores estão em Campinas. Das 452 pessoas entrevistadas 45,2% estão na cidade há mais de cinco anos.