As letras que formam os nomes das famosas óperas instaladas no jardim do monumento do maestro e compositor campineiro Antonio Carlos Gomes, em Campinas, começaram a ser pintadas na última sexta-feira (29), após a conclusão do paisagismo. O trabalho é realizado pelo Departamento de Parques e Jardins, da Secretaria Municipal de Serviços Públicos.
Os nomes, confeccionados em concreto armado e fixados em uma base de concreto, estão sendo pintados de branco, enquanto a base recebe tinta para piso. As óperas presentes no jardim são Il Guarany, Joana de Flandres, Salvator Rosa, Maria Tudor, Lo Schiavo, Condor, Fosca e A Noite do Castelo.
Na área do monumento de Carlos Gomes, com cerca de 120 metros quadrados, foi promovido o plantio de grama e de 1.500 mudas de flores da espécie moreia, de cor branca. Os canteiros ao redor de palmeiras, localizados no borde externo do jardim, também receberam grama e flores.
O secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, explica que as letras foram refeitas porque estavam danificadas. “A recuperação das letras com os nomes das óperas e o novo paisagismo são importantes para valorizar o monumento-túmulo do maestro e compositor campineiro”, afirma.
A instalação dos nomes das óperas foi concluída na semana anterior. Anteriormente, ficavam diretamente no gramado; agora, encontram-se sobre a base de concreto para maior durabilidade.
A Praça Bento Quirino e o monumento a Carlos Gomes são tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc).
Carlos Gomes
Em setembro, ocorre o Mês Carlos Gomes em Campinas, quando o maestro e compositor campineiro é homenageado e recebe diversos eventos artísticos e culturais na cidade.
Antonio Carlos Gomes nasceu em Campinas em 11 de julho de 1836 e faleceu em 16 de setembro de 1896. Foi compositor de óperas, gênero ao qual dedicou a maior parte de sua produção musical. Iniciou os estudos de música com o pai, Manuel José Gomes, o Maneco. Estudou em Milão, Itália, ficou conhecido na Europa e, ao retornar ao Brasil em 1896, ocupou o cargo de diretor do Conservatório de Música de Belém, onde viveu até falecer, em 16 de setembro de 1896.