Por tarifaço, empresários cogitam demissões nas indústrias do polo têxtil de Americana

Foto: Reprodução/Pixabay

A entrada em vigor do tarifaço determinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o Brasil já preocupa a continuidade das operações do polo têxtil na região de Americana. 

Em Nova Odessa, uma indústria de tecidos para colchões que pertence a uma multinacional foi diretamente prejudicada pela medida, ao deixar de vender produtos para o país norte americano.  

A tarefa foi repassada à unidade do grupo instalada na Argentina. O gerente-geral da fábrica, Lars Müller, afirma que as super tarifas podem ameaçar os empregos gerados pela fábrica. 

Segundo o Sinditec (Sindicato das Indústrias Têxteis de Americana e Região), a manobra tarifária ameaça a continuidade das operações de ao menos 1500 empresas localizadas na região. 

O presidente do Sinditec, Leonardo Sant’ana, alerta que muitas empresas podem ficar sem ter para quem vender, uma vez que os produtos fornecidos pelas fábricas atendem exportadores brasileiros. 

A perda dos Estados Unidos como um potencial comprador dos produtos fabricados no Brasil tende a agravar o declínio do setor têxtil, iniciado pelo setor têxtil. 

O professor Rodrigo Lanna, da Faculdade de Economia da Unicamp, explica que a concorrência com as fábricas chinesas dificultou a competitividade das empresas do polo têxtil de Americana. 

De acordo com o Sinditec, o polo têxtil de Americana é responsável pela produção de ao menos 112 mil toneladas de peças por ano, praticamente um terço da produção do estado de São Paulo, que é de 335 mil toneladas por ano. 

Uma delegação chefiada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou que vai viajar aos Estados Unidos no início de setembro para minimizar as consequências do tarifaço sobre o setor têxtil. 

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