Após centenas de reclamações de moradores de Hortolândia do mau cheiro causado por uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), a Sabesp foi responsabilizada, nesta segunda-feira (4), a resolver o problema com melhorias na unidade.
A estação, localizada na região do Jardim Jatobá, foi fiscalizada pela Arsesp, a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo. Na vistoria, o órgão apontou diversas irregularidades em um relatório.
Entre elas, foi constatado que as tubulações e equipamentos usados no processo de tratamento de esgoto não estão em bom estado de conservação e manutenção, com indícios de rompimento em alguns pontos.
A agência reguladora também observou a emissão de odores, perceptíveis no entorno da unidade. O órgão fiscalizador aponta que são causados por falhas operacionais, diretamente relacionadas à falta de manejo correto do lodo.
O documento emitido também informa sobre a não realização de dragagem, por mais de uma década, que configura falha grave na manutenção preventiva e reflete uma gestão operacional ineficiente.
A Arsesp também apontou que a ETE opera acima da capacidade projetada. A agência deu o prazo de 90 dias pra que a Sabesp faça a regularização.
Em nota, a Sabesp, Companhia de Saneamento Básico do Estado, informou que existem obras de renovação em andamento e que elas serão concluídas no próximo mês de setembro. As obras incluem trocas de tubulações, equipamentos e a limpeza das lagoas.
A companhia disse ainda que está contratando uma nova ETE em Hortolândia, com tecnologia mais moderna e maior capacidade de tratamento, e que as obras começam em 2026.
O Grupo EP também questionou sobre o relatório, que apontou falhas operacionais na gestão da unidade, mas a Sabesp não respondeu.
A Prefeitura de Hortolândia disse que cobra e fiscaliza a companhia para resolução do problema de mau cheiro na estação de tratamento de esgoto. A Administração teve mais um encontro na segunda-feira (4) com a Sabesp em busca de medidas pra resolver a situação.