O setor metalmecânico de Piracicaba é mais um segmento econômico preocupado com os desdobramentos do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A cidade se destacou, no ano passado, como a quarta do Brasil em maior volume de exportações, com mais de US$ 1,3 bilhão em máquinas e instrumentos comercializados.
O proprietário de uma das indústrias, André Simioni, relata que a fábrica atravessa um período de receio, e já sofre com a diminuição de aquisições de produtos.
A indústria do André é uma das que receberam, com expectativa, o anúncio do plano de socorro “Brasil Soberano”, divulgado nesta semana pelo Governo Federal.
A medida provisória se organiza em medidas para fortalecer o setor produtivo, proteger os empregos e recuperar as relações diplomáticas com os Estados Unidos.
Um dos principais pontos é o conjunto de linhas de crédito, que vão liberar R$ 30 bilhões para as indústrias, com prioridade para aquelas que são mais afetadas.
Nas regiões de Piracicaba e de Campinas, o programa Brasil Soberano deve beneficiar, principalmente, pequenas e médias empresas
Elas poderão acessar fundos garantidores específicos, que somam R$ 9,5 bilhões, e fazem parte do Novo Reintegra (Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários), como explicou em entrevista ao CBN Campinas, o economista Ricardo Buso.
O especialista reconheceu que as medidas são bem-vindas, mas têm caráter paliativo, que não anula a necessidade de retomar a normalidade das relações comerciais, seja com os Estados Unidos ou com novos parceiros.
O Governo Federal ressalta que as empresas só poderão acessar os benefícios do programa Brasil Soberano se mantiverem o compromisso de manter todos os empregos gerados.