Entre 2021 e 2025, Campinas recebeu 106 praças, entre novas e revitalizadas, segundo levantamento da Prefeitura. O avanço integra uma política de expansão de áreas verdes que também inclui a implantação de 14 microflorestas urbanas desde abril deste ano, com o plantio de mais de 16 mil mudas de árvores nativas, principalmente no distrito do Campo Grande, uma das regiões mais populosas da cidade.
Júnior Cabrino, especialista em urbanismo e delegado da AELO Regional Campinas, a Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano, avalia o impacto desses avanços na qualidade de vida dos moradores.
As 14 microflorestas urbanas implantadas recentemente estão localizadas principalmente no distrito do Campo Grande, em locais como o Terminal BRT, Jardim Novo Maracanã, Parque Valença I, Parque Itajaí e Parque Floresta.
Para Cabrino, mais do que reduzir o déficit habitacional, os novos empreendimentos devem priorizar a qualidade de vida com foco em sustentabilidade. Para isso, a integração entre o setor público e privado tem funcionado para viabilizar a doação de áreas verdes ao município, como é o caso do bairro Bela Aliança. O empreendimento doou ao município um parque recreativo com áreas verdes integradas, onde foram plantadas mais de 20 mil mudas nativas e cerca de 2 mil árvores nas ruas e avenidas internas.
O distrito também abriga uma importante área de preservação: a Unidade de Conservação do Parque Natural Municipal do Campo Grande, com 330 mil m² de Mata Atlântica e campo de várzea preservados. Ali vivem 91 espécies de fauna silvestre, além de diversas espécies de flora, como a canela-sassafrás, que consta na lista oficial de plantas ameaçadas de extinção.
O delegado da Aelo afirma, porém, que o principal desafio é manter essas áreas verdes ativas, seguras e bem cuidadas ao longo do tempo. Para isso, também é importante a participação dos moradores.