O número de diagnósticos e mortes causados pela síndrome respiratória aguda grave (SRAG) ligada ao vírus sincicial respiratório (VSR) já é maior em Campinas em 2025 do que em todo o ano passado. O levantamento é da Secretaria de Saúde e leva em conta os registros feitos entre janeiro e 15 de setembro.
O VSR é o principal causador de bronquiolite e pneumonia, doenças que afetam principalmente crianças pequenas. Neste ano, a cidade já contabilizou 965 diagnósticos em menores de dois anos, contra 731 em 2024. O total representa o maior número de casos de bronquiolite na metrópole nos últimos cinco anos.
As mortes também aumentaram. Das 11 registradas em 2025, cinco eram de crianças com menos de dois anos, e quatro de idosos com 65 anos ou mais – dois dos grupos mais vulneráveis ao vírus.
Segundo a Prefeitura, o crescimento de casos tem algumas explicações: o inverno mais rigoroso, que deixou as temperaturas mais baixas; o aumento da circulação de pessoas em locais fechados, o que favorece a transmissão; e também a ampliação da testagem específica para o VSR, que permite identificar com mais precisão o agente causador da SRAG.
Diante desse cenário, a Secretaria de Saúde aguarda a distribuição da vacina contra o VSR pelo Ministério da Saúde. O governo federal anunciou que as primeiras remessas devem chegar até o fim deste ano, com prioridade para gestantes, já que a proteção pode ser transferida para os bebês.
Como se proteger
Enquanto o imunizante não chega, a recomendação é reforçar os cuidados básicos no dia a dia:
• lavar as mãos com frequência;
• manter os ambientes bem ventilados;
• evitar aglomerações;
• e, em caso de sintomas respiratórios, usar máscara e evitar contato com outras pessoas.