Depois de dois anos em reforma, a reabertura oficial do Mercadão Municipal de Campinas para população foi programada pela Prefeitura para esta segunda-feira (1º). Os moradores que vão até o local ainda encontram permissionários e trabalhadores realizando o processo de mudança.
Até que a obra de reforma fosse concluída, o Mercado estava funcionando em uma estrutura improvisada, de tendas, anexa à construção histórica. A data de mudança oficial foi informada pelo Município aos permissionários em 27 de agosto, de que o mercadão reformado estaria com as portas abertas ao público no primeiro dia de setembro.
O vendedor Ismael Caldeira conta que trabalha para levar produtos e utensílios da peixaria em que trabalha desde sábado. Ele afirma que o prazo estabelecido foi curto e que a conclusão da transição deve levar até o fim desta semana.
Mesmo sem tudo terminado, a Prefeitura de Campinas fez uma cerimônia de entrega da obra em 31 de julho, mas o prédio apresentava diversas pendências.

Com a saída das tendas temporárias definida, muitos dos comerciantes reclamaram falta de infraestrutura no prédio, já que alguns boxes não tiveram energia e gás instalados a tempo da mudança.
Depois das queixas dos permissionários, a Prefeitura informou que eles terão um prazo maior para mudar da estrutura temporária, com um total de 12 dias para o desmonte.
Adelaide Rodrigues, por exemplo, trabalha em uma pastelaria do mercadão e também não conseguiu fazer a mudança no prazo inicial previsto. Como precisa de gás encanado, ela acredita que o pleno funcionamento da banca ocorra em 15 de setembro.
O cronograma da obra mudou várias vezes desde o lançamento do projeto de revitalização, homologado em abril de 2023, com orçamento inicial de R$ 6,1 milhões. Segundo a Prefeitura, a obra teve intercorrências e acabou saindo por R$ 8,5 milhões, como detalha o presidente da Setec, Enrique Lerena.
O Mercadão de Campinas foi inaugurado há 117 anos. A estrutura histórica passou por uma grande reforma, iniciada com atraso em julho de 2023. Inicialmente, o plano da administração municipal era concluir as intervenções em 12 meses, ou seja, até julho de 2024, mas desde então a entrega vem sendo adiada. Após a desmontagem das tendas provisórias, o local continuará como estacionamento dos veículos.