O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito civil para investigar a morte de gatos que passaram por castração gratuita oferecida pela Prefeitura de Mogi Guaçu. O procedimento foi realizado no dia 16 de setembro por uma empresa contratada pelo município. Até agora, oito animais morreram após a cirurgia.
A última vítima confirmada foi uma gata de seis meses que apresentou complicações logo após o procedimento. Ela precisou ser reanimada, foi internada em uma clínica particular, mas morreu cinco dias depois. Exames mostraram acúmulo de líquido no abdômen, baço rompido e fígado comprometido. Outra gata da mesma tutora morreu no mesmo dia da castração. Um terceiro gato, também levado por ela, sobreviveu sem problemas.
A Secretaria de Bem-Estar e Defesa Animal informou que necropsias estão sendo feitas para identificar as causas das mortes. O resultado deve sair até o fim da semana. A pasta também pediu à empresa responsável que ofereça suporte aos tutores e enviou o lote de medicamentos usados nas cirurgias para análise junto ao fabricante.
Mais de 150 castrações já tinham sido realizadas dentro do mesmo contrato, sem registros de complicações. Mesmo assim, a Prefeitura decidiu cancelar o contrato com a empresa na última sexta-feira.
O inquérito instaurado pelo Ministério Público tem como objetivo apurar possíveis maus-tratos aos animais e irregularidades no serviço público. A Promotoria de Justiça de Mogi Guaçu solicitou que a Prefeitura envie informações detalhadas sobre o caso em até 30 dias. O procedimento está sob responsabilidade do promotor Roberto Lino Junior.
Prefeitura de Mogi Guaçu e a empresa ainda não foram notificados.