Pais reclamam de novos atrasos e estrutura precária após mudanças em escola municipal de Campinas

foto: reprodução EPTV Campinas

O segundo dia de remanejamento dos alunos da Escola Municipal Padre Leão Vallerié, no Parque Valença, em Campinas, voltou a gerar reclamações de pais e estudantes. A unidade foi fechada para obras no telhado e na rede elétrica e deve permanecer em reforma por pelo menos nove meses. Nesse período, cerca de 800 alunos foram transferidos para o Colégio Fitell, no Jardim Florence, o problema é que essa escola fica há 27 quilômetros de distância.

No primeiro dia, nessa segunda-feira (8), para garantir o transporte, a prefeitura disponibilizou 11 ônibus escolares, que partiram do antigo Terminal Campo Grande. O trajeto seguiu pela avenida John Boyd Dunlop, passou pela Rodovia dos Amarais e chegou à escola provisória na avenida Comendador Aladino Selmi, cerca de 1 hora depois, e claro, com bastante atraso.

Apesar da promessa de melhorias na operação, esses atrasos persistiram, já que nesta terça-feira (9) a saída prevista era às 6h50, mas alguns ônibus só chegaram por volta das 7h10. Como consequência, estudantes perderam a primeira aula e reclamaram também por terem que sair mais cedo da escola, o que reduz ainda mais a carga horária, como conta uma das mães, a Vanessa Cristina Viana.

Pais também relataram que a viagem longa deixa as crianças cansadas e enjoada, o que dificulta a alimentação.

Outro ponto de insatisfação é a condição do antigo Terminal Campo Grande, que serve de ponto de embarque e desembarque. O local não tem bebedouro, o banheiro masculino está interditado e o feminino precisa de reformas.

Nessa terça-feira, agentes da Emdec acompanharam a saída dos ônibus durante a manhã para organizar filas e também foi usado a faixa exclusiva BRT para agilizar o transporte das crianças, mas mesmo assim os atrasos voltaram a acontecer. Segundo os pais, a principal preocupação é com a perda de conteúdo escolar, que segundo o prefeito Dário Saadi, será reposto.

Todas as reclamações dos pais foram levadas para uma especialista em educação e doutora em psicologia, Ângela Soligo, que discordou da estratégia adotada pela Prefeitura.

De acordo com a Prefeitura em breve deve acontecer a instalação de bebedouros para os estudantes, além de uma revisão no espaço do terminal, que tinha pedaços de vidro, sujeira e ainda dependia de melhoria nos banheiros.

Já o tempo da obra, embora a previsão seja de 9 meses, o prefeito disse que irá trabalhar para entregar a escola ainda no início de 2026.

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