A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a Operação No Rest, para desarticular uma associação criminosa envolvida em roubos de cargas e caminhões em São Paulo e Minas Gerais. A ação cumpriu 17 mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão em cidades como Mogi Guaçu, São Paulo, Guarulhos, Osasco, Diadema e São Bernardo do Campo.
A investigação começou em janeiro deste ano, após um roubo ocorrido em novembro de 2024. Desde então, foram identificados 26 roubos e um furto atribuídos ao grupo, que agia principalmente em rodovias e áreas de descanso. Os criminosos abordavam caminhoneiros armados, rendiam as vítimas — incluindo familiares — e as mantinham em cativeiro até a destinação dos veículos. Durante o sequestro, era comum exigirem transferências bancárias e objetos de valor.
O grupo usava um galpão em Mogi Guaçu para desmontar os caminhões. Os chefes da quadrilha, segundo a PF, já tinham passagens por roubo e tráfico de drogas. Eles responderão por crimes como roubo, furto e formação de associação criminosa armada, com penas que podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Os presos serão encaminhados para a Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, enquanto os itens apreendidos vão ser periciados em Campinas.
A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores ligados ao grupo, somando R$ 18 milhões.
A operação recebeu o nome No Rest — sem descanso, em inglês — em referência ao fato de que os crimes ocorriam enquanto os motoristas descansavam.
A ação é resultado do trabalho de um grupo especializado da PF em Campinas, com apoio do Gaeco de Sorocaba. Desde 2021, esse grupo já realizou mais de 300 prisões e participou de diversas operações contra o roubo de cargas no país.
