Prefeitura volta atrás e adia reforma em escola no Ipaussurama após impactos em outra unidade

EMEF Professora Sylvia Simões Magro, no Jardim Ipaussurama,
Foto: Aline Albuquerque/CBN Campinas

A Prefeitura de Campinas decidiu, nesta terça-feira (9), não transferir os 491 estudantes da EMEF Professora Sylvia Simões Magro, no Jardim Ipaussurama. Eles seriam remanejados para o antigo Colégio Educap, que fica na Avenida Imperatriz Leopoldina, na Vila Nova.

A unidade de ensino também seria fechada para passar por reformas. O comunicado da Secretaria de Educação ocorreu após a repercussão da transferência dos alunos de outra escola, a EMEF Padre Leão Vallerie, no Parque Valença, pelo mesmo motivo: reformas. Nessa escola, 800 estudantes chegaram a passar 1h40 no trânsito e tiveram apenas três horas de aula.

O prédio do antigo Colégio Educap fica há cerca de 10 quilômetros da unidade que passará por reforma, e o percurso dos alunos seria de cerca de meia hora. A mudança impactaria o dia a dia de todos os alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e também da Educação para Jovens e Adultos (EJA).

Desde a segunda-feira (8), os estudantes estão tendo aulas online, de forme remota, e seriam transferidos para o prédio provisório na próxima segunda-feira (15). A decisão já havia sido comunicada aos pais.

Em nota, a Administração Municipal afirmou que a Secretaria de Educação vai reavaliar o cronograma de obras da troca de telhados e instalações elétricas da escola. Ainda de acordo com a pasta, os 491 alunos da Escola Municipal Sylvia Simôes Magro retornarão às aulas presenciais na quinta-feira (11).

Trajeto de 27 km para estudar

Em relação a outra unidade, a EMEF Padre Leão Vallerie, os 800 estudantes seguem fazendo o trajeto de quase duas horas, entre ida e volta, por conta do remanejamento ao Colégio Fitel, no bairro Matão. O percurso de mais de 50 km – considerando entrada e saída – tem feito com que os estudantes tenham apenas três horas de aula, por conta do tempo de deslocamento.

Foto: Helen Sacconi/EPTV

De acordo com um levantamento do Grupo EP, a Prefeitura de Campinas está gastando R$ 336 mil por mês para realizar o transporte dos 800 alunos. O contrato com a empresa não prevê ar-condicionado nos ônibus. A reforma na Padre Leão Vallerie deve durar 9 meses.

O Ministério Público instaurou um inquérito civil público sobre o caso. No documento, o promotor da Infância e da Juventude, Rodrigo Augusto de Oliveira, apontou a preocupação dos pais e responsáveis em relação à segurança dos estudantes, além dos prejuízos à educação.

O MP determinou que o Município responda, em até cinco dias, questionamentos sobre a reforma da escola, o transporte dos alunos, reposição de aulas perdidas e a possibilidade de remanejar os estudantes para escolas mais próximas do bairro da unidade em reforma.

De acordo com a Prefeitura, as reformas integram o programa “Teto Novo” anunciado em março do ano passado. Até o momento, 42 unidades já tiveram as obras finalizadas, sem intercorrências.

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