Quadrilha coagia famílias de caminhoneiros durante o descanso nas estradas

Foto: Reprodução/Polícia Militar Rodoviária

Deflagrada nesta quarta-feira (17) pela Polícia Federal, a Operação “No Rest” mira uma associação criminosa envolvida no roubo de tratores e de caminhões nos estados de São Paulo e de Minas Gerais

A Polícia Federal cumpriu 17 mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão em cidades como Mogi Guaçu, São Paulo, Guarulhos, Osasco, Diadema e São Bernardo do Campo. 

A investigação começou em janeiro, depois de um roubo ocorrido em novembro do ano passado. As apurações uniram um grupo especializado da Polícia Federal em Campinas ao GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), da Polícia Civil em Sorocaba

Desde então, foram identificados 26 roubos e um furto atribuídos ao grupo, que agia principalmente em rodovias e áreas de descanso. Em 26 vezes, os caminhoneiros foram abordados enquanto dormiam, e um caso envolveu um veículo que estava em movimento. 

Por conta dessa predominância de abordagens durante o sono dos caminhoneiros é que a operação foi batizada como “No Rest”, que em inglês significa “sem descanso”. 

Segundo a corporação, o grupo era formado por quatro indivíduos: um escoltador, um motorista, um maleteiro responsável por desabilitar os rastreadores e uma pessoa que cuidava do cativeiro.

Depois da abordagem do caminhoneiro, eles geralmente tiravam fotos do documento para oferecer o veículo à sede da organização. 

Enquanto isso, as vítimas então eram mantidas em cárcere ameaçados por armas até que os rastreadores fossem desabilitados e a família pudesse ser libertada. 

O delegado-chefe da Polícia Federal de Campinas, Edson Geraldo de Souza, explica que esse era o momento em que a família dos caminhoneiros sofria coação;

O delegado Edson Geraldo de Souza, explica que a quadrilha teve uma sede inicial em Sorocaba – antiga moradia do líder da associação – mas que foi se deslocando conforme o policiamento ostensivo da Polícia Militar Rodoviária foi chegando mais próxima do grupo. 

Agora, eles também devem responder por Roubo, Furto e Formação de Associação Criminosa Armada. As penas podem chegar aos 30 anos de prisão.

A Justiça também autorizou o bloqueio de bens e valores atribuídos ao grupo, no valor de R$ 18 milhões. 

Os itens apreendidos vão passar por perícia na unidade regional da PF de Campinas. Os presos foram levados à Superintendência da Polícia Federal de São Paulo.

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