Deflagrada nesta quinta-feira (4), a Operação Via Corporis da Polícia Federal mira um esquema de aliciamento de transportadores e envio de drogas ao exterior em aeroportos internacionais.
O termo em latim “Via Corporis”, que batiza a operação, significa “o caminho do corpo” e se refere à forma como os membros da organização transportam a droga, dentro do organismo.
Ao todo, os agentes da Polícia Federal cumpriram seis mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas.
As ordens incluem endereços nas cidades de São Paulo, Guarulhos e Manaus.
Dentre os alvos estavam dois homens e quatro mulheres. Eles são apontados como responsáveis por aliciar transportadores, emitir passagens aéreas e documentos de viagem, além de pagar pelas passagens.
O chefe do Núcleo de Inteligência da Polícia Federal de Campinas, o delegado André Ribeiro, afirma que o esquema de envio de drogas ao exterior possui uma ramificação com diversos líderes.
Um dos homens presos nesta quinta-feira é um natural da Nigéria, que já atuou como mula para o tráfico desde 2013, e agora foi apontado como chefe do esquema criminoso.
A Justiça Federal também autorizou o bloqueio de R$ 1 milhão em bens do investigado.
As investigações da Polícia Federal começaram em outubro do ano passado, a partir da prisão de uma jovem de 20 anos ao tentar embarcar para Paris por meio do Aeroporto de Viracopos, em Campinas.
Dentro de seu estômago, os agentes localizaram 1,3 kg de cocaína engolida em cápsulas.

Em abril deste ano, as investigações dessa operação também já haviam determinado a prisão de uma mulher, em Londres, apontada como “treinadora de aliciados”, com forte atuação no esquema entre os anos de 2013 e 2017.
Os investigados na Via Corporis podem responder pelos crimes de Tráfico Internacional de Drogas, Associação ao Tráfico e Lavagem de Dinheiro.
Se condenados, eles podem responder a um total de 35 anos de prisão em penas.