Cerca de 800 alunos da EMEF Padre Leão Vallerié, no Parque Valença I em Campinas, começaram, nesta segunda-feira, a “maratona” de terem que se deslocar cerca de 50 km (ida e volta) para estudarem.
O fato acontece já que a escola onde estudam, na região do Campo Grande, vai passar por reformas e a expectativa é que durem aproximadamente nove meses.
Até lá, os estudantes vão ter aulas em classes do prédio onde funcionava a escola Fitel, no Jardim São Marcos. Por já ter uma estrutura de escola, o espaço foi alugado pela Secretaria de Educação e já recebeu outras escolas da rede, enquanto estavam em obras. O deslocamento é de cerca de 27 km.
A concentração dos alunos se dá no antigo Terminal do Campo Grande e de lá, os ônibus utilizados pela prefeitura, levarão todos os estudantes.
Uma das preocupações da Josiane Macedo, que tem um filho matriculado na escola, é o tempo de aula que vai perder nos deslocamentos. Já William Fabiano Pereira reclamou da organização para a saída dos alunos
Segundo o supervisor da frota, Leandro Gustavo, estavam disponíveis 11 ônibus, com capacidade para 46 pessoas sentadas. Ao todo, 800 alunos devem ser transferidos, somando os turnos, por dia.
Ainda segundo ele, a expectativa é de que se consiga a libeação para trafegar pelo corredor BRT de ônibus, o que poderia reduzir o tempo de deslocamento.
Em entrevista exclusiva ao g1, o Representante do Núcleo de Ação Afirmativa Descentralizada Noroeste, Niraldo José da Silva, afirmou que a escolha do local foi feita pela comunidade escolar e ressaltou que não haverá falta de conteúdo.
A Prefeitura de Campinas informou que a pelo fato de estar abrigada em um prédio antigo, será necessário fazer a troca das redes elétricas para uma mais moderna, substituir o telhado e executar nova pintura do prédioda escola do Paque Valença I.
Ressaltou que as adequações do prédio vão tornar o espaço mais seguro, tanto para os alunos quanto para os profissionais e que o local também vai ficar mais confortável a partir do ano que vem, quando está programada a instalação de aparelhos de ar-condicionado em cada sala.
Os trabalhos integram o Programa “Teto Novo”, que está beneficiando 40 escolas. Deste total, 23 unidades já estão com telhados novos.