Os números são da Transurc (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas), e indicam seis pontos críticos nos dois corredores do ônibus rápido.
No BRT Campo Grande, a estação PUC/Roseira lidera a média diária de segunda a sexta-feira, com 292 ocorrências. Em segundo lugar vem a estação Bandeirantes, com 284 casos. A parada do Satélite Íris registra uma média de 259 pulos de catraca diários.
No Corredor Ouro Verde, 301 passageiros do BRT pulam as catracas diariamente na Estação Parque Industrial. O ponto da João Jorge apresenta, em média 286 infrações diárias. A estação Capivari fica pouco atrás, com 246 flagrantes.
Os casos são contabilizados por meio das câmeras de segurança das estações, e irritam quem presencia esse tipo de atitude.
O diretor de Comunicação da Transurc, Paulo Barddal, estima que o prejuízo médio com os pulos de catraca pode chegar aos R$ 500 mil por mês. Dinheiro que deixa de ser arrecadado e prejudica os planos de investimento para a qualidade do transporte coletivo.
Barddal alerta que a vantagem conquistada hoje por aqueles que pulam a catraca, pode se transformar em uma tarifa mais cara no futuro.
Para tentar coibir a prática, a empresa responsável pelo sistema de bilhetagem nas estações passou a instalar catracas mais robustas nas estações do BRT.
Além da barra de retenção na altura da cintura, os novos modelos se assemelham a portões, com estrutura de ferro na altura e nas laterais.
Muitos passageiros que utilizam os locais diariamente reprovaram a nova catraca e reclamam da dificuldade de usar o espaço mais apertado.
Mesmo assim, as câmeras de segurança já flagraram casos de passageiros que pularam a entrada para pessoas com deficiência, e até mesmo rastejaram por baixo das catracas, para não pagar a passagem.
A Transurc afirma que cada estação do BRT possui um fiscal responsável por orientar os passageiros, inclusive a não realizarem o pulo das catracas.
Em nota enviada ao GrupoEP, a Emdec disse ter reforçado a fiscalização por meio do videomonitoramento e lembrou que pular a catraca constitui um crime, que pode resultar no acionamento de forças de segurança quando necessário.