O número de pessoas que buscam atendimento no Sistema Único de Saúde para depressão aumentou 34% na região. Além da importância de se buscar ajuda, os estudos nessa área também são muito importantes pra tentar combater a doença.
Dados do Departamento Regional de Saúde de Campinas, que reúne 42 cidades do interior, apontam alta de 34,4% nos atendimentos ambulatoriais para pacientes com depressão. Entre 2023 e 2024, houve um salto de 3.300 para 4.434. E no primeiro semestre deste ano, já foram 2.025 consultas.
Também subiu o número de internações por causa da doença. De 1.241 para 1.472 em um ano. Um crescimento de 18,6%. O Departamento Regional de Saúde já notificou 636 registros entre janeiro e junho deste ano.
Em relação ao tratamento, pesquisadores de biologia da Unicamp, em Campinas, estão buscando desvendar a química do cérebro humano. E, assim, contribuir para o desenvolvimento de novos métodos.
Um dos principais desafios dos especialistas é entender a razão de alguns pacientes não apresentarem melhora com os tratamentos já disponíveis.
Estudos anteriores do departamento de bioquímica já concluíram o que ocorre no sistema nervoso de uma pessoa com depressão. Os impulsos, antes normais, podem ficar diferentes.
As comunicações entre os neurônios, as células que distribuem os impulsos nervosos no nosso corpo, também ficam com déficit. As conexões ficam mais fracas.
Utilizando amostras de sangue de doadores vivos, diagnosticados com depressão, os pesquisadores do instituto de biologia desenvolveram células-tronco que se transformam em neurônios humanos.
A partir disso, iniciaram uma série de novas pesquisas. Entre elas: a relação da depressão com inflamações no corpo.
Agora, o principal objetivo é encontrar mais respostas.
- Com informações EPTV Campinas
