Câmara de Piracicaba suspende função pública de vereador preso por denúncias de crimes sexuais

Foto: Rubens Cardia/Câmara Municipal de Piracicaba

A Câmara de Vereadores de Piracicaba suspendeu, por tempo indeterminado, a função pública do vereador Cássio Luiz Barbosa, conhecido como Cássio Fala Pira.  

A decisão foi publicada na segunda-feira e atende a uma determinação judicial da juíza Ana Cláudia Madeira de Oliveira. 

O parlamentar foi preso na quinta-feira da semana passada, após ser denunciado por supostos crimes sexuais. Até o momento, dez mulheres relataram abusos cometidos por ele. Em um dos casos, exibido pela EPTV, uma mulher afirmou ter sido abusada dentro do gabinete do vereador, após procurá-lo em busca de emprego. Outras denúncias envolvem ofertas de cestas básicas e trabalho em troca de favores sexuais, além de relatos de intimidação. 

A Justiça determinou que o vereador fique afastado da função pública enquanto durarem as investigações. No mesmo dia da prisão, ele solicitou uma licença de 120 dias, aprovada pelos demais vereadores. No entanto, a suspensão judicial não tem prazo definido. 

A Câmara informou que, por ora, não haverá convocação de suplente, o que só ocorrerá se o afastamento ultrapassar os 120 dias. O Legislativo também recebeu uma denúncia formal contra o vereador, que será encaminhada à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. 

A prisão foi realizada pela Polícia Civil, que cumpriu mandados de busca e apreensão em locais ligados ao vereador, como seu gabinete e um escritório no bairro Vila Sônia. Computadores e celulares foram recolhidos para investigação. Após ser detido, Cássio foi levado à Delegacia de Defesa da Mulher e, posteriormente, à cadeia de Tremembé. 

A defesa do vereador nega as acusações e afirma que vai apresentar provas da inocência dele. O advogado Jonas Tadeu Parisotto disse que há interesses políticos por trás das denúncias. Já o Diretório Municipal do Partido Liberal (PL) de Piracicaba reconheceu a gravidade das acusações e afirmou que, caso sejam confirmadas, poderá abrir um processo disciplinar que leve à expulsão do parlamentar. 

A Câmara reforçou que está colaborando com as autoridades e acompanha o caso para garantir que todas as medidas legais e administrativas sejam tomadas. 

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