Diversos clientes de uma agência de viagens de Campinas afirmam que sofreram um golpe da empresa. Depois de terem pago valores altos por pacotes de viagens, dentro e fora do país, eles relatam que os responsáveis pela agência sumiram com o dinheiro, sem dar qualquer tipo de resposta.
A Campinas Ecoturismo ainda está ativa nas redes sociais, onde faz a divulgação dos roteiros ofertados, para destinos como Fernando de Noronha, Jalapão, Fortaleza e vários outros pontos turísticos do nordeste. Bolívia, Chile, França e até a Islândia são algumas das rotas internacionais vendidas.
Apesar das fotos exuberantes ainda serem exibidas, eles desativaram os comentários das postagens. São mais de 95 mil seguidores na página da agência. Há ainda outra página nas redes sociais, que seria de uma filial da empresa, chamada Montes Claros Ecoturismo.
Eniale Portugal Rocha é uma das vítimas. Ela fechou cinco pacotes com a agência. Como as duas primeiras viagens foram realizadas sem nenhum problema, ela decidiu fechar outros destinos – inclusive pra Europa. A dentista conta que a agência chegou a explicar a situação nas primeiras trocas de mensagens, mas depois não teve mais nenhum retorno.
Daniele Reis comprou um pacote para a Chapada Diamantina com a Campinas Ecoturismo. Mas a agência cancelou a viagem e ela continua tentando ressarcimento do valor investido.
Heloísa Ganzarolli investiu R$ 10 mil reais em uma viagem para o Peru, que estava prevista para o dia 20 de setembro.
No site, a Campinas Ecoturismo diz que em agosto de 2015 nascia a “Montes Claros Ecoturismo”, em Minas, e que a empresa se expandiu para Belo Horizonte, Valadares e depois, para o estado de São Paulo, e que está presente em quatro estados. A mesma mensagem aparece no site da Montes Claros Ecoturismo e as páginas são idênticas.
O Grupo EP não conseguiu contato com o Gustavo Henrique Martins, o responsável legal pela agência Campinas Ecoturismo. Já a empresa “Montes Claros Ecoturismo”, de Minas Gerais, disse que não tem vínculo societário com outras empresas que usam a marca ‘ecoturismo’, como essa de Campinas.
Disse que a utilização de elementos visuais semelhantes nos sites existe, em alguns casos, por causa de uma autorização concedida de boa-fé a profissionais e ex-guias que abriram suas próprias agências em outras cidades. Afirmou ainda que essas agências já estão adotando medidas legais pra impedir o uso indevido da marca.