O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Campinas e o 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) da Polícia Militar deflagraram, nesta quinta-feira (30), uma operação contra esquema de lavagem de dinheiro.
Na mira da ação, dois dos traficantes mais procurados do Brasil: Sérgio Luiz de Freitas Filho, o “Mijão”, e Álvaro Daniel Roberto, o “Caipira”. Os dois são foragidos há anos da Justiça e considerados um dos principais integrantes em liberdade do PCC.
A ação desta quinta é um desdobramento das operações “Linha Vermelha” e “Pronta Resposta”, que desarticularam em agosto um plano do PCC para assassinar o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho, em Campinas.
Os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos em condomínios de alto padrão de Campinas, além das cidades de Mogi Guaçu e Artur Nogueira.
Durante a investigação, os promotores identificaram uma rede de empresários, agiotas, influenciadores digitais e traficantes envolvidos em transações financeiras e imobiliárias para esconder dinheiro obtido com o tráfico de drogas.
Entre os presos, Eduardo Magrini, conhecido como Diabo Loiro. Ele é apontado como um dos principais alvos da investigação e já teve passagens pela polícia por crimes como homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documentos falsos. Nas redes sociais, se apresentava como produtor rural e influenciador digital.
Magrini seria um dos envolvidos nos ataques do PCC ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo em 2006.
Sérgio de Freitas Neto, filho do “Mijão” também foi preso. De acordo com o Ministério Público, ele lavava no Brasil o dinheiro do pai – que está foragido na Bolívia.
Durante o cumprimento dos mandados, houve confronto armado no distrito de Sousas, em Campinas. Um dos investigados, que era alvo de busca, morreu no local. Na casa, foram apreendidos mais de R$200 mil.
Um sargento da Polícia Militar foi baleado no ombro durante o tiroteio. Ele foi levado para o Hospital de Clínicas da Unicamp e deve passar por cirurgia.
Ao todo, 5 investigados foram presos, 2 dos alvos já estavam presos e 1 pessoa está foragida.




