O Governo de São Paulo publicou o edital da concessão da Rota Mogiana, projeto que prevê R$ 8,9 bilhões em investimentos em rodovias do interior paulista. A proposta passou por ajustes após receber 284 contribuições durante consultas públicas. O leilão está marcado para 27 de fevereiro de 2026, na sede da B3, em São Paulo.
A concessão inclui duplicações, construção de terceiras faixas, marginais, acostamentos, passarelas e melhorias em acessos. A futura empresa responsável terá contrato de 30 anos para operar e manter as vias.
A principal polêmica envolveu a instalação de pedágios, especialmente no Circuito das Águas. Após pressão de prefeitos da região, o governo retirou os mais de 10 pórticos que estavam previstas em rodovias no entorno de Amparo. No entanto, a Rodovia Aziz Lian (SP-107), que liga Santo Antônio de Posse a Artur Nogueira, permanece no plano, com previsão de cobrança no modelo “free flow”, sistema automático sem praças físicas.
A Rodovia Miguel Melhado Campos (SP-324), que não faz parte de nenhuma das regiões, e estava incluída na proposta do Circuito das Águas, foi retirada.
Motocicletas, motonetas e bicicletas motorizadas estarão isentas. Para os demais veículos, haverá desconto progressivo: 10% a partir da 11ª passagem e 20% a partir da 21ª, dentro do mesmo mês e sentido.
As praças de pedágio atuais serão demolidas gradualmente. A mudança mais significativa será no pórtico de Santo Antônio de Posse, que passará a cobrar todos os veículos.
O projeto absorveu trechos antes divididos com o Circuito das Águas e os que já estão sob concessão da Renovias. O Circuito das Águas segue em estudo técnico.




