Representantes do Ministério das Relações Exteriores em Tel Aviv realizaram, nesta segunda-feira, uma nova visita aos cidadãos brasileiros que fazem parte do grupo de ativistas detido pelo governo de Israel na última semana. Ainda não foram divulgados detalhes sobre o encontro.
Os brasileiros integravam uma flotilha internacional interceptada pela Marinha israelense enquanto tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Entre os detidos está a vereadora licenciada de Campinas, Mariana Conti (PSOL).
De acordo com informações da GloboNews e do g1, os brasileiros permanecem em um centro de detenção localizado no deserto de Negev. Na última sexta-feira, representantes da embaixada brasileira em Tel Aviv já haviam se reunido com o grupo em dois encontros distintos — um com os homens e outro com as mulheres.
Fontes diplomáticas informaram que todos os detidos estão em boas condições de saúde e não apresentam ferimentos.
As autoridades israelenses ofereceram aos integrantes da flotilha a possibilidade de assinar um documento que aceleraria o processo de deportação. Até o momento, apenas cinco dos 13 brasileiros teriam optado por essa alternativa. Os demais devem passar por um processo judicial que pode resultar em deportação posterior.
A flotilha, interceptada no dia 1º de outubro, era composta por ao menos 44 embarcações civis e cerca de 500 pessoas. Os organizadores afirmam que o grupo transportava ajuda humanitária destinada à população da Faixa de Gaza.
Em nota, o Itamaraty informou que a Embaixada do Brasil em Tel Aviv “mantém contato permanente com as autoridades israelenses, a fim de prestar a assistência consular cabível aos nacionais, conforme previsto na Convenção de Viena sobre Relações Consulares”.